As ações de educação ambiental e voltadas para juventude, realizadas pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS), foram apresentadas na Conferência das Partes, a COP26, que ocorre até 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia. O evento reúne líderes mundiais e representantes de diversos setores para debater soluções para as mudanças climáticas.

As iniciativas foram ressaltadas pela Supervisora de Educação Ambiental da FAS, Natália Wagner, que também é voluntária no grupo de trabalho de Mudanças Climáticas da Rede Jovem de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (SDSN Jovem), e pela coordenadora da SDSN Jovem Amazônia, Gabrielly Lima, rede que é secretariada pela FAS.

Gabrielly Lima explica que, na programação da COP, existe um dia direcionado à juventude. Segundo ela, isso se consolida como um importante avanço por reconhecer a importância da voz e ação jovem em prol do combate às mudanças climáticas, que vão afetar drasticamente as próximas gerações.

“No âmbito da mobilização jovem, buscamos consolidar uma maior delegação amazônida para a próxima COP, contemplando jovens ribeirinhos, periféricos e indígenas, garantindo uma maior representatividade nas construções globais e efetiva troca de perspectivas”, afirma.

Natália Wagner apresentou na COP26 as ações da FAS sobre a realidade amazônica e a importância de inserir a educação climática dentro da agenda de educação ambiental. “Espero que possamos, cada vez mais, trazer para o dia a dia das crianças e jovens amazônidas essas discussões que vêm acontecendo nos ambientes internacionais, pois muitas vezes são pautas que parecem fora da realidade deles, mas isso não é verdade. Como um dos grupos mais vulneráveis e atingidos por essas mudanças, é importante que possam se apropriar dessas pautas, com uma percepção alinhada à sua própria realidade e aos conhecimentos tradicionais que já possuem”, observa.

Natália também atua em grupos de trabalho da YOUNGO, a Constituinte Oficial da ONU para assuntos da infância e juventude. Por meio dessa atuação, ela foi convidada, em parceria com a UNESCO, a participar da delegação oficial do Reino Unido na COP26, onde representou também a agenda de Educação Ambiental do Programa de Educação para a Sustentabilidade (PES) da FAS.

Durante suas atividades na COP26, Natália participou de diálogos e articulações diversas. Uma das principais foi a assinatura da Declaração Mundial para a Educação Climática (Declaration for Climate Education), documento escrito pela Coalizão Global de Educação Climática e assinado por diversas instituições, que será entregue e lido na plenária de negociação da cúpula.

Além disso, na primeira semana da COP26, ela fez parte da entrega do Manifesto sobre Educação Climática nas escolas brasileiras, em parceria com os movimentos Fridays For Future e The Climate Reality Project Brasil, para alguns governadores, como João Doria, de São Paulo, e Renato Casagrande, do Espírito Santo.

Para Natália, a participação na COP traz boas expectativas para debates posteriores sobre o tema. “Queremos que os jovens amazônicos entendam o que está acontecendo no mundo, se empoderem destes conhecimentos e destas pautas que os dizem respeito e possam assim atuar diretamente. Queremos que todas as crianças e jovens tenham acesso a uma educação de qualidade, inclusiva e que a educação ambiental seja valorizada e entendida como uma propulsora do bem-estar para todos, especialmente no contexto amazônico. A educação climática precisa ser acessível para todos e precisa estar além das negociações internacionais, ela precisa estar presente em nosso dia a dia”, declara.

Gabrielly Lima complementa a reflexão otimista sobre o evento climático. “Mais do que falas bonitas, promessas minuciosas e espaços de escuta sobre o clima, as ações pós-COP e soluções ali disseminadas são os agentes transformadores e merecem acompanhamento. A necessidade de investimento em empregos verdes e propostas sustentáveis é uma realidade latente e temos que agir rápido e agora”, afirma.

Juventude 

As representantes jovens da FAS, Gabrielly Lima e Natália Wagner, também fizeram parte da delegação brasileira na 16ª Conferência da Juventude sobre Mudança Climática (COY16, sigla em inglês para Conference of Youth), que reuniu jovens, profissionais e ativistas de diversas partes do mundo, em Glasgow, antes da COP26.

Na COY, o objetivo central foi apresentar as demandas documentadas da infância e da juventude de cada país, suas necessidades, além de debater ações que possam mitigar a situação atual. “São ações que precisam ser consideradas no contexto de políticas públicas internacionais no enfrentamento das mudanças climáticas no que diz respeito às crianças e jovens, que são um dos grupos mais atingidos e farão parte das gerações do futuro que terão que lidar com essa problemática por mais tempo”, afirma Natália.

A partir das discussões na COY foi elaborado um documento e apresentado na COP. Natália e Gabrielly participaram da COY, porque em setembro foram as organizadoras da primeira edição da LCOY no Brasil, que é a Conferência Local da Juventude (LCOY, sigla em inglês para Local Conference of Youth), evento global que utiliza o mesmo modelo da COP, porém voltado ao público jovem.

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