Estudantes e pesquisadores de três países da bacia Amazônica, incluindo o Brasil, poderão concorrer a bolsas de incentivo para projetos voltados à adaptação às mudanças climáticas. Nesta semana, a Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e a Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável (SDSN-Amazônia) receberam representantes do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e de instituições de ensino da América Latina para discutir detalhes desta nova iniciativa, que deve ser desenvolvida a partir de 2017.
Deverão ser apoiados projetos relacionados à qualidade de vida e populações vulneráveis, saúde e segurança alimentar na região Amazônica, que tenham sido elaborados por estudantes ou pesquisadores que moram ou desenvolvam trabalhos na região. As iniciativas serão desenvolvidas a partir de uma especialização dada aos estudantes selecionados, que apoiará a implementação das iniciativas no Brasil, Peru e Colômbia.
“Essa parceria entre instituições deve conectar talentos da universidade da cidade, do interior, de várias regiões da Bacia Amazônica, para desenvolverem projetos e ideias inovadoras que tenham como objetivo melhorar a qualidade de vida das comunidades ribeirinhas, a partir de uma agenda nova e importante, que é a adaptação às mudanças climáticas”, explica o superintendente geral da FAS, Virgilio Viana.
A primeira parte da iniciativa será desenvolvida no primeiro semestre de 2017, com a elaboração de um projeto apoiado pela CAF e desenvolvido entre FAS, Instituto de Investigações da Amazônia Peruana (IIAP), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Instituto Amazônico de Investigações Científicas (Sinchi), Fundo de Promoção às Áreas Protegidas do Peru (PROFONANPE) e Centro Agronômico Tropical de Investigação e Ensino (CATIE), da Costa Rica. A proposta será submetida ao Green Climate Fund (GCF), e se aprovada, proverá o financiamento das iniciativas a partir de 2018, em parceria com CAF.
“Esperamos colaborar com estudantes, docentes, professores, pesquisadores que tenham interesse em desenvolver e impulsionar seus projetos. Existem muitas capacidades a serem desenvolvidas na região, que precisam de um pequeno incentivo para contribuírem na agenda”, explica Cecília Guerra, executiva do CAF.