A Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável Jovem da Amazônia (SDSN Youth – Amazônia, em Inglês), promoveu no último domingo (30/7) o debate “Desigualdade Social e suas faces”, durante a programação da Virada Sustentável Manaus 2017. No debate cerca de 50 participantes estiveram na Galeria do Largo de São Sebastião onde puderam ouvir e dialogar sobre as faces da desigualdade social, como ela se apresenta na sociedade contemporânea e quem são as pessoas que são afetadas por ela.
Os convidados como o sociólogo e professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) Luiz Fernando Santos Souza, a estudante do curso de Letras (Ufam) e militante do Movimento Feminista Negro Jéssica Dandara, o ativista da causa LGBT e produtor cultural (Coletivo Difusão) Paulo Trindade, a mestranda em antropologia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Mariazinha e a advogada de Direitos Humanos, Izabel Cipriano, falaram sobre racismo, transfobia e homofobia, e sobre demais tipos de preconceitos que são – ainda – tão presentes no dia a dia.
Debate “Desigualdade Social e suas faces”, na galeria do Largo de São Sebastião | Foto: Coletivo Difusão
O debate, pautado no #ODS10 (reduzir a desigualdades), teve início com o professor Luiz Fernando Santos onde ele pode contextualizar o que é desigualdade social. Já as demais convidadas, puderam falar sobre como a desigualdade social afeta mulheres e homens negros, sobre a retirada de direitos que os indígenas enfrentam e sobre a intolerância que integrantes da comunidade LGBT no Brasil sofrem.
Sair da zona de conforto, onde certos assuntos são evitados de serem debatidos foi uma das motivações de se criar um espaço de debate como esse. Para a representante da SDSN Jovem Amazônia, Gabriela Sampaio, o debate buscou despertar reflexões e buscar mudar os pensamento errôneos das pessoas, pensamentos que muitas vezes leva para o desrespeito e para a falta de consciência das pessoas sobre seus privilégios numa sociedade desigual.
“O debate qualificado teve como objetivo promover um olhar crítico sobre a diferenciação e desigualdades presentes na sociedade. Para isso, necessitamos da articulação e interação entre as diferentes grupos/representantes de causas importantes que atuam na região, como movimento negro, LGBT+ e povos indígenas. Para que tenhamos clareza sobre a necessidade de igualdade de oportunidades para todos”, contou a Gabriela.
Paulo Trindade, um dos convidados falando sobre sua militância no movimento LGBT+ | Foto: Coletivo Difusão
Um forte aliado para a promoção de uma sociedade que venha a contemplar a todos respeitando suas multiplicidades, são os ODS. Ainda para Gabriela, é necessário falarmos mais sobre os ODS´s, e que as pautas de cada um dos 17 ODS´s possa ser inserida na vida das pessoas. “Os ODS são implementados e estão no dia a dia de pessoas, que muitas vezes são negligenciadas ou deixadas de lado, uma vez que o foco das discussões é o “desenvolvimento sustentável”, explica a representante.
Sobre a SDSN Jovem
Em agosto de 2012, a Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável (no inglês, Sustainable Development Solutions Network – SDSN) foi lançada pelo Secretário Geral da ONU Ban Ki-moon, e busca mobilizar competências científicas e técnicas de apoio à solução de desafios na área de desenvolvimento sustentável em escalas locais, nacionais e globais.
A SDSN Jovem Amazônia é a divisão voltada para pessoas de até 30 anos, que busca envolver jovens da bacia amazônica na agenda 2030, tendo como objetivos: (1) educar os jovens sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e conduzi-los no caminho dos ODS; (2) conectar jovens no mundo inteiro para trocar ideias, compartilhar experiências e colaborar para alcançar os ODS; (3) apoiar jovens na criação e replicação de soluções inovadoras para os ODS.
