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Prêmio SDSN-Amazônia entregue em Paris

Por 7 de dezembro de 2015janeiro 24th, 2021Sem comentários

Prêmio SDSN Amazônia, iniciativa da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável para a Amazônia – SDSN Amazônia (sigla em inglês) e da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), anuncia seus vencedores. Três organizações nas categorias de Educação, Gestão de Áreas Protegidas e Infraestrutura foram contempladas como as melhores soluções para questões socioambientais relacionadas ao desenvolvimento sustentável da Amazônia continental. São elas: Associação das Casas Familiares Rurais do Estado do Pará (Arcafar/Pará), Instituto Coca-Cola Brasil (Amazonas) e Universidade IKIAM (Equador). Os prêmios foram entregues nesta segunda-feira (07), durante o evento Amazon Solutions Day, em Paris, onde os representantes de cada entidade estiveram presentes.

Para chegar aos três vencedores, uma comissão de especialistas nos temas envolvidos julgou dez finalistas a partir dos critérios de avaliação: visão de futuro, potencial de replicabilidade, originalidade e inovação do projeto; uso de metodologias participativas; formação de redes e parcerias intersetoriais e relevância do projeto para especificidades da Amazônia.

“Estamos vivendo um momento em que precisamos de soluções e casos de sucesso. Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram definidos, os países estão  discutindo o novo acordo climático global. Todos  estes temas interferem diretamente ao desenvolvimento sustentável. Essas soluções selecionadas têm grande potencial de replicabilidade em outras regiões. É isso que procuramos”, afirma Virgílio Viana, superintendente geral da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e presidente da SDSN-Amazônia.

Vencedores

Na categoria Educação o vencedor foi o projeto Casas Familiares Rurais (CFRs), da Associação das Casas Familiares Rurais do Estado do Pará (Arcafar/Pará). A iniciativa tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável da região a partir de ações prioritárias voltadas a educação, ao fomento de práticas de produção familiar inovadora, a cultura, e a organização social, possibilitando através da educação, condições melhores para que jovens continuem o trabalho iniciado por seus pais na agricultura. Ao oferecer uma educação formal alinhada ao conhecimento local, o projeto beneficia as famílias na decisão entre manter o jovem em sua propriedade ou investir para que estude nas grandes cidades. Além disso, promove troca de experiências e desempenha um importante papel de mobilização social entre a comunidade.

O projeto CFRs conta com uma rede de escolas comunitárias distribuídas em 27 municípios do Estado, utilizando a Pedagogia da Alternância, onde os jovens contam com períodos de estudo na escola e na propriedade agrícola da família. Atualmente, são 40 associações de famílias, 27 escolas de Ensino Fundamental e Médio integrado aos cursos profissionalizantes, beneficiando cerca de 3000 jovens.

Já o projeto Coletivo Floresta, do Instituto Coca-Cola Brasil, foi o vencedor na categoria Gestão de Áreas Protegidas. Trata-se de uma plataforma de empoderamento cujo objetivo é gerar renda, valorizar a autoestima e promover a inclusão socioeconômica dos extratores de comunidades ribeirinhas do estado do Amazonas por meio da capacitação e integração à cadeia de fornecedores da Coca-Cola. Atualmente, 31 comunidades fornecedoras de açaí, localizadas nos municípios de Carauari e Manacapuru, no Amazonas, estão envolvidas diretamente no Coletivo Floresta.

Desde 2013, aproximadamente 49 comunidades fizeram parte do projeto, contemplando 1200 famílias, sendo 400 diretamente envolvidas na cadeia produtiva. Os ganhos são muitos, além das mais de 5,5 mil pessoas impactadas. Somente na safra 2015, cerca de 201 extratores de 35 comunidades fornecedoras foram capacitados no tema Rastreabilidade da Cadeia Produtiva.

Na categoria Infraestrutura, o contemplado foi o Infraestrutura sustentável para o Campus Universitário na Amazônia, da Universidade Regional Amazônica IKIAM, uma instituição de ensino superior de direito público, sem fins lucrativos do Equador. Este projeto tem como objetivo proporcionar uma infraestrutura que promova e incentive a educação investigativa como referência para as futuras gerações. O projeto preliminar baseia-se numa simbiose entre natureza, cultura e tecnologia; onde o ser humano ajuda a enriquecer o ambiente da floresta e isso dá a ele em vez de subsistência, sombra e saber. Assim, nasce a proposta favorável ao meio ambiente e à recuperação do conhecimento ancestral das culturas amazônicas, projetando para uma arquitetura sustentável. Entre os projetos esperados por esta fase do projeto estão: uso consciente de água, equilíbrio entre o meio ambiente e os locais manipulados pelo homem, uso consciente de recursos naturais, entre outros.

Além da viagem para a COP21, os vencedores terão suas experiências divulgadas na Plataforma SDSN-Amazônia como exemplos de soluções para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), definidos pela ONU para vigorarem entre 2015 e 2030. Além disso, serão estimulados, por um ano, a participarem de eventos que disseminem sua solução.

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