As inscrições podem ser feitas até 03 de setembro por meio do link
Nesta segunda-feira (2), a Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (SDSN Amazônia) realizou o evento de lançamento do Prêmio SDSN Amazônia 2021, com o tema “Soluções para uma nova bioeconomia Amazônica” com premiação de R$ 30 mil para os três primeiros colocados. O evento digital marcou a abertura das inscrições, que podem ser feitas até 03 de setembro por meio do link: sdsn-amazonia.org/premio2021.
Essa é a quarta edição do prêmio que tem como objetivo incentivar e disseminar práticas que atuam em prol da conservação da Amazônia. Participaram do evento de lançamento o diretor da SDSN Amazônia e superintendente da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), Virgilio Viana, a Sócia-fundadora do Instituto Amigos da Amazônia (iAMA), Giselle Lins, a facilitadora do Hub de Bioeconomia Verde, Marysol Goes e a diretora executiva da SDSN Amazônia, Carolina Ramirez.
A SDSN Amazônia é uma iniciativa das Organizações das Nações Unidas (ONU) e tem secretaria executiva realizada pela FAS. Atuando desde 2014 com mais de 180 organizações-membro, a SDSN busca impulsionar soluções práticas e que sejam viáveis para o desenvolvimento sustentável da Pan-amazônia, que abrange oito países e uma província: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela e Guiana Francesa, lar de aproximadamente 44 milhões de pessoas, incluindo 385 comunidades indígenas.
O Prêmio SDSN Amazônia acontece desde 2015 e já identificou 40 soluções. A 4ª edição destaca a bioeconomia, com o tema “Soluções para uma nova bioeconomia Amazônica”. Com o objetivo de incentivar a criação de uma economia verde, que valorize a floresta, os povos que nela vivem e seus produtos, o tema vem sendo amplamente discutido, buscando novas opções de atividades para criar uma economia justa e inclusiva na floresta. A premiação quer identificar iniciativas que já estão sendo colocadas em prática, incentivá-las, dar visibilidade e disseminá-las. Os financiadores do Prêmio SDSN Amazônia 2021 são o Green Economy Coalition e o Instituto Amigos da Amazônia.
Neste ano, o Hub de Bioeconomia da Amazônia, uma coalização entre FAS e a Green Economy Coalition, que busca acelerar a transição para uma nova economia na Amazônia, participará do prêmio como realizador. O Hub foi criado há um ano e tem atuado por meio de pesquisas e ações para incentivar a economia verde na região, trabalhando, principalmente, com pequenos empreendedores e pessoas que desenvolvem atividades na floresta.
A facilitadora do Hub, Marysol Goes, representou também a Green Economy Coalition, e afirma que projetos como o prêmio são muito importantes para dar a atenção necessária às iniciativas de dentro da Amazônia e que podem ser usadas para a transição para uma nova economia. “Temos que cada vez mais dar visibilidade a projetos que incentivem o desenvolvimento regional, com soluções locais, para assim caminhar para uma bioeconomia forte, valorizando a floresta em pé e quem vive nela”, explicou.
“Para nós, é uma alegria poder participar do incentivo a projetos que vão ajudar a diminuir os impactos do desmatamento na Amazônia, contribuindo também com a educação, com a bioeconomia local. Queremos que as novas gerações tenham a perspectiva de um mundo melhor e, sem dúvidas, o prêmio é um incentivo para que essas mudanças aconteçam”, disse a sócia-fundadora do Instituto Amigos da Amazônia (iAMA), Giselle Lins.
Quem pode participar
Serão três categorias para inscrever soluções no prêmio: Cadeias produtivas baseadas no manejo e cultivo da biodiversidade amazônica, produção de bioprodutos e soluções baseadas na natureza. A primeira categoria inclui práticas de manejo de produtos da biodiversidade da Amazônia, a segunda abrange produtos como biocosméticos, nutracêuticos, biocorantes, entre outros, e a última trata sobre restauração e conservação de ecossistemas, serviços de adaptação climática, gerenciamento de recursos naturais, entre outros.
Poderão se inscrever iniciativas implementadas na região da Pan-Amazônia há mais de um ano. Além disso, a organização deve ser membro da SDSN, SDSN Amazônia ou da SDSN Jovem Amazônia, ou ter submetido o pedido de adesão à rede antes do encerramento das inscrições no Prêmio e, por fim, apenas serão aceitas soluções para a bioeconomia regional.
Período de inscrições
As inscrições serão realizadas até 03 de setembro. Até 5 de outubro vai acontecer a avaliação do comitê técnico, que é integrado por nove especialistas na área. No dia 11 de outubro serão divulgados os cinco finalistas e no em 19 de outubro, por meio de um evento online no canal da SDSN no Youtube acontecerá a premiação. Para mais informações em: sdsn-amazonia.org/premio2021
Premiação
Os três primeiros colocados receberão incentivos em dinheiro para fomentar suas iniciativas, sendo 15 mil reais para o primeiro colocado, 10 mil reais para o segundo e 5 mil dólares para o terceiro.
O presidente da SDSN Amazônia, Virgilio Viana, avalia o prêmio como um excelente incentivo para encontrar boas soluções para Amazônia vindas da própria floresta. “Os países amazônicos enfrentam basicamente os mesmos problemas, o que falta é o intercâmbio de informações entre eles. Por exemplo, o pirarucu encontrado no Brasil é o mesmo da Colômbia, então as soluções para esse tema podem ser conversadas e aplicadas pelas duas partes. O prêmio é uma ferramenta importante para identificarmos as necessidades para o desenvolvimento de uma economia pautada na floresta em pé e a partir disso fomentar as soluções encontradas para resolver esses problemas valorizando os talentos da Amazônia, que tem muito a oferecer”, afirmou.
As soluções aprovadas pelo Comitê Técnico-Científico serão publicadas em português, espanhol e inglês na Plataforma de Soluções Sustentáveis da SDSN Amazônia (http://maps.sdsn-amazonia.org/).
